Conteúdo CBCA: Aço em estação elevada

O uso de aço nas estruturas acima dos pilares de concreto conferiu mais leveza à estação Bonocô do metrô de Salvador, na Bahia, cujo projeto é assinado por Fernandes Arquitetos Associados

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O projeto do escritório Fernandes Arquitetos Associados tirou partido do aço para que a plataforma suspensa sobre o canteiro central da avenida Mário Leal Ferreira, na capital baiana, fosse a mais leve possível, visto que se trata de um equipamento naturalmente pesado devido às suas exigências estruturais e técnicas e grandes dimensões.

Inicialmente, o tabuleiro do trem foi erguido sobre pilares de concreto. Em uma segunda fase da obra, o corpo da estação Bonocô ganhou soluções de cobertura e fechamento metálicas, o que também permitiu mais facilidade e agilidade na execução da obra, além de favorecer a ventilação e iluminação naturais.

Com a solução industrializada, o escritório paulistano conseguiu minimizar o impacto visual do concreto e “compactar” a plataforma da linha 1 do metrô de Salvador, inaugurada em 2015, permitindo que a mesma passasse a ser suportada apenas pelos pórticos principais, sem a necessidade de novos apoios.

“Como a prefeitura do município exigiu um gabarito livre de, no mínimo, 5,50 metros entre o solo e a estação – que deve contemplar intervenções urbanísticas no futuro –, optamos pelo uso do aço nas estruturas acima dos pilares de concreto que já existiam na via. Tudo para vencer vãos de 30 a 35 metros e conferir mais leveza ao projeto”, explica o arquiteto Daniel Hopf Fernandes.

Uma das soluções utilizadas para reduzir a largura da Bonocô, por exemplo, foi alinhar as escadas rolante e fixa, ao invés de posicioná-las lado a lado. Na estação, que tem 136 metros de extensão e também conta com plataformas laterais de embarque, desembarque e mezanino de distribuição, 185,5 toneladas de aço foram empregadas, formando uma única e grande estrutura metálica.

“Essa estrutura é aporticada em arcos transversais de diversas configurações. São cinco grandes módulos de 34 metros de extensão, subdivididos, cada um, em seis partes”, detalha o engenheiro Rui Jorge de Oliveira Alves, da MRS Engenharia. As peças de maiores dimensões são as vigas soldadas VS 400 x 24 e 400 x 40, que formam os pórticos principais transversais.

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