Diller Scofidio + Renfro: MIS, Rio de Janeiro

O Museu da Imagem e do Som que está surgindo em Copacabana, no Rio de Janeiro, será o primeiro do Brasil construído sob medida para a interação audiovisual. Arquitetura e museografia, de par com a curadoria, são os eixos-mestres do projeto, assinado por duas equipes estreladas: Diller Scofidio + Renfro, na arquitetura, e Daniela Thomas com Felipe Tassara, na museografia. Apresentamos a seguir trechos do projeto executivo arquitetônico e do pré-executivo museográfico, evidenciando suas inter-relações e o pacto para que o inevitável high tech não seja a marca do museu. O que deve sobressair, ao contrário, é o trabalho quase artesanal de um museu-máquina, onde cada centímetro quadrado de cimento, granilha e madeira é também lumens e hertz, de imagem e som.

Entre os que acompanharam as apresentações de projeto no concurso fechado para a concepção do Museu da Imagem e do Som carioca, em 2009, talvez Hugo Sukman pertença ao grupo que maior visão global tinha da jornada reservada ao objeto arquitetônico dali em diante. Jornalista, pesquisador da área musical e curador do museu, Sukman já se dedicava na época à tarefa de revirar o acervo da instituição – que completará 50 anos em 2015 – para dele extrair uma narrativa potente: a da identidade cultural carioca e de quão amalgamados estão os lugares e os personagens desta história da cidade.Acervos como o da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, com suas radionovelas, sessões do nordestino baião chegando ao Sudeste e a música de Carmen Miranda, deveriam, na análise do curador, tomar a forma de um passeio encantador dentro de um museu popular.

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