Anos 90: mudaram os arquitetos ou mudou a crítica?

Dezenas de concursos públicos de arquitetura foram realizados no Brasil durante os anos 90. Ao longo da década, PROJETO DESIGN publicou com certo destaque os resultados de 40 deles. Excluindo o período de 1999 a 2000 (sob a perspectiva otimista de que os vencedores de concursos realizados nos últimos dois anos ainda tenham a possibilidade de ser implementados), apenas seis dos ganhadores das 27 competições contabilizadas até 1998 transformaram-se em obras concretas. Nenhum concurso, porém, despertou tanto interesse e controvérsia quanto o da edificação que deveria ter representado o Brasil na Exposição Universal de Sevilha, Espanha, em 1992. Ele teve intensa participação dos arquitetos - 253 inscrições e 154 propostas entregues - e a divulgação do resultado gerou grande polêmica, arrematada por enorme insatisfação quando o promotor - o Ministério das Relações Exteriores/Itamarati - decidiu cancelar a participação individual do Brasil no evento e optou por dividir espaço com outros países latino-americanos.

Na década que separa Sevilha de Orlândia, mudaram os arquitetos ou mudou a crítica?
Dezenas de concursos públicos de arquitetura foram realizados no Brasil durante os anos 90. Ao longo da década, PROJETO DESIGN publicou com certo destaque os resultados de 40 deles. Excluindo o período de 1999 a 2000 (sob a perspectiva otimista de que os vencedores de concursos realizados nos últimos dois anos ainda tenham a possibilidade de ser implementados), apenas seis dos ganhadores das 27 competições contabilizadas até 1998 transformaram-se em obras concretas. Nenhum concurso, porém, despertou tanto interesse e controvérsia quanto o da edificação que deveria ter representado o Brasil na Exposição Universal de Sevilha, Espanha, em 1992. Ele teve intensa participação dos arquitetos – 253 inscrições e 154 propostas entregues – e a divulgação do resultado gerou grande polêmica, arrematada por enorme insatisfação quando o promotor – o Ministério das Relações Exteriores/Itamarati – decidiu cancelar a participação individual do Brasil no evento e optou por dividir espaço com outros países latino-americanos.

Em fevereiro de 1991, PROJETO dedicaria nove páginas da edição 138 para mostrar e comentar os resultados da competição para o pavilhão brasileiro na Espanha. O artigo “Pavilhão do Brasil em Sevilha: deu em vão”, de Hugo Segawa, abria a matéria com uma análise tanto do projeto vencedor como do processo que teria conduzido a tal resultado.

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